Rubem Valentim e a cultura afro-brasileira
Rubem Valentim (1922-1991) nasceu em Salvador,
Estado da Bahia. Começou a pintar na década de 1940. Vinculou-se ao
movimento de renovação das artes e das letras na Bahia, entre 1946
e 1947. Depois, cursou jornalismo na Universidade da Bahia,
formando-se em 1953, quando passou a escrever artigos sobre arte. Em 1963 mudou-se para Roma, onde residiu por três
anos. Em sua volta para o Brasil, morou em Brasília, onde dirigiu o
Ateliê Livre do Instituto Central de Artes da Universidade de
Brasília, até 1968.
Cultura afro-brasileira
Rubem Valentim é considerado um dos maiores
artistas representantes da cultura afro-brasileira. No início
de sua carreira, sua pintura demonstrava traços parisienses, como no
trabalho Composição nº 5.
Contudo, por volta de
1955/56, movido por questões ideológicas, buscou na cultura popular
afro-brasileira as características que norteariam seu trabalho até
o final da vida, em suas pinturas, esculturas e objetos. Reelaborando o
pensamento construtivista, Valentim passou a empregar signos
inspirando-se nas ferramentas e nos instrumentos simbólicos do
candomblé, sintetizando-os nas formas geométricas.
Com isso, ele criou uma espécie de escrita para esses elementos, uma nova signografia, o que faz com que suas obras possam ser lidas por quem possua as referências da religiosidade afro-brasileira, identificando tais objetos, o que não exclui outras possibilidades de leitura, devido às cores e formas utilizadas.
Com isso, ele criou uma espécie de escrita para esses elementos, uma nova signografia, o que faz com que suas obras possam ser lidas por quem possua as referências da religiosidade afro-brasileira, identificando tais objetos, o que não exclui outras possibilidades de leitura, devido às cores e formas utilizadas.